Eu sou meio parcial quando é pra falar de The Maine, acho que vocês já sabem disso (já deveriam saber, viu?) mas esse já é o terceiro álbum da banda cujo lançamento eu acompanho e não, não fiquei nem um pouco decepcionada. American Candy foi lançado dia 31 de março pela gravadora que os próprios meninos da banda criaram, a 8123 e consta com dez músicas absolutamente sensacionais.
Sete anos de banda já se passaram e The Maine está melhor do que nunca, sem nenhum sinal de que estão cansados de criar música de qualidade uns com os outros. Eu não vou parar de dizer que sou fã desses meninos enquanto eles continuarem se aperfeiçoando e trazendo músicas cada vez mais profundas e maravilhosas.
Esse novo álbum é praticamente uma antítese de Forever Halloween, o último que a banda havia lançado (eles lançaram um EP acústico entre os dois CDs), que continha músicas melancólicas e levemente agressivas, um diário aberto do período turbulento que John O’Callaghan, vocalista e escritor das letras das músicas da banda enfrentou por volta dos seus 24 anos. Agora com 26, ele reflete sobre esse período na única música que pode ser considerada triste de American Candy, a 24 floors. A letra é um pedido de ajuda, uma carta para o “eu” do passado esperar e ver o que a vida ainda traria para ele. É uma das minhas preferidas do álbum.
Curiosidade: o John temia mostrar essa música pra mãe. Ela chorou bastante quando finalmente ouviu.
American Candy tinha o objetivo de ser um álbum leve e alegre, um contraponto ao seu antecedente, principalmente porque o vocalista queria mostrar para os fãs que existe sim coisas boas na vida – o CD anterior o fez receber muitas cartas de amantes da banda que se identificavam com as letras e os sentimentos sombrios por trás das músicas, e isso o deixou preocupado. A meta, que ele pela primeira vez estabeleceu antes de começar a escrever as canções, foi alcançada com sucesso.
Outro paralelo que eu consegui estabelecer, mas dessa vez convergente (isso fez sentido, garotada?! NÃOOO) foi entre a música que encerra o álbum, Another Night on Mars – quem lembrou da banda dos irmãos Leto comenta aí embaixo! – e We’ll all be, de um CD anterior da banda. Ambas falam sobre amizade e como a mesma complementa e alegra a vida, e eu consigo imaginar perfeitamente a canção encerrando o show e reunindo todos os participantes da turnê no palco para cantarem juntos. Ai, nossa. Fiquei arrepiada.
Falando em turnê, os ingressos pros shows dos garotos no Brasil começam a vender amanhã, a partir do meio-dia – para mais informações acessar o http://americancandytour.com. Infelizmente, não poderei ir, mas esse é um sonho que tenho desde que comecei a ouvir a banda, em 2012. Lembrando que os quatrocentos primeiros ingressos para cada data ganharão o meet & greet (ou seja, uma chance de conversar e tirar foto com os meninos!)
Continuando, outras músicas que eu amo do álbum são English Girls – chorei de rir quando ouvi pela primeira vez – e Miles Away, os dois singles que eles lançaram antes do lançamento do CD em si. Essa última para sempre estará nas minhas playlists de viagens de carro, porque além da letra em si tem aquele sentimento de liberdade por trás que todo mundo gosta quando se está indo pra fora de casa, mesmo por alguns minutos.
As músicas com as quais eu menos me identifiquei, até agora, foram Diet Coke Society e Same Suit, Different tie, mas isso pode ser porque eu não tomo refrigerante e não uso terno. HAHAHA, brincadeirinha. São músicas ótimas, mas realmente não fazem muito meu estilo.
Em resumo, um álbum um pouco mais pop que os anteriores, mas sem perder as guitarras que fazem o CD ser majoritariamente pop/rock, com músicas significativas e divertidas o bastante pra dançar nas festas.
P.S.: Se você for pro show deles manda um beijo por mim, por favor.
Bárbara de Medeiros 