Sofia Coppola capturou com precisão e poesia a visão dos fatos que nós conhecemos.
Há muito tempo eu não escrevia uma crítica pra esse blog! A última de filme que eu escrevi foi de “Os Vingadores: a era de Ultron”! Hoje resolvi falar sobre esse filme que assisti ontem, da diretora estadunidense Sofia Coppola.
“The Bling Ring”, seu título original, estreou nos cinemas dos EUA em 14 de junho de 2013, três anos após os criminosos originais serem julgados e detidos. Sim, tudo aquilo aconteceu de verdade. O filme é “baseado numa história real”, mas quase beira à um documentário artístico, pois é praticamente 100% fiel ao artigo de Nancy jo Sales “The Suspect Wore Louboutins”, que ela escreveu pra revista Vanity Fair após longas conversas com a maioria dos culpados, seus pais e representantes legais, além de amigos pessoais. O processo todo é documentado no livro com o mesmo nome do filme, que eu também li.
O filme é estrelado por Katie Chang, Israel Broussard e Emma Watson. Tirando a atriz de Harry Potter, o resto do elenco não é exatamente conhecido, “Criando Asas” e “O Primeiro Amor” sendo os filmes mais famosos dos outros dois, respectivamente. Mas isso não significa dizer que eles não são bons! Muito pelo contrário, de fato. Chang e Broussard desempenham papeis difíceis com maestria, principalmente se você considerar os maneirismos dos seus personagens originais. Watson aparentemente trabalhou com um profissional em sotaques para conseguir falar como uma típica garota americana do Valley, e a missão foi bem sucedida. Ela está irreconhecível como Nicki, uma menina que se esconde atrás de falsos preceitos espirituais enquanto luta pela fama, e se envolve com drogas e roubos de celebridade no caminho.
Outra surpresa pra mim nesse filme foi Taissa Farmiga no papel de Sam, a melhor amiga (praticamente irmã) de Nicki, embora deva admitir que nada supere seu papel em American Horror Story, principalmente considerando que sua personagem nesse filme é facilmente esquecível.
Embora as críticas não tenham sido desfavoráveis, o público não se conectou muito bem ao filme. Talvez porque a mensagem que Coppola quis passar atingia muito pessoalmente a maior parte da audiência, que assistiu ao filme tão-somente para ver Emma Watson em um papel diferente de Hermione? O culto à fama pode se manifestar de muitas maneiras diferentes, e o extremo é o que vemos nesse filme. Como Cath Clarke falou em sua resenha desse filme, a história toda soaria absurda – se não fosse a verdade.
Tendo lido o livro, posso dizer que a versão dos fatos contados por Nancy Jo Sales não difere em quase nada do que vemos na tela, e resta-nos apenas desejar que talvez a história tivesse desenvolvido um pouco mais os personagens, mesmo que fosse separa-los dos adolescentes reais que se encontram, ou se encontraram pagando pelos crimes que cometeram.
Sempre me interessei em ler esse livro, mas agora que descobri que tem um filme e que é uma história real, vou fazer o possível para ler e assistir! Parabéns pela crítica!
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YAY! Fico feliz que você gostou! Depois me fala o que achou do livro e do filme! Obrigada pelo comentário! 🙂
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