Meu ano na França: preparativos, parte I – A escolha da universidade

Fonte: Tumblr

Pra quem não sabe, estou prestes a embarcar em uma nova aventura: um intercâmbio acadêmico na França, onde estudarei direito internacional por um ano na Université de Poitiers. Quero compartilhar com vocês tudo dessa viagem, os lugares que descobri, as pessoas que conheci, a saudade que senti da minha vida em Natal, mas não só na maneira usual de crônicas, contos e poemas. Resolvi que quero também escrever como se este blog não fosse meu diário pessoal público, e sim um blog, com dicas de viagem e passo a passo de todos os procedimentos que tive de realizar para chegar na França.

Inicialmente, preciso explicar que estudo Direito na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, e trabalho em um grupo de pesquisa que realizou um acordo de mobilidade acadêmica e de pesquisa com a já mencionada universidade francesa – entre outras, na verdade. Meu professor me escolheu para estrear esse acordo por decorrência do meu trabalho com ele, bem como do meu conhecimento de francês. Assim, meu primeiro passo foi ler o acordo estabelecido,  identificar que eu me encaixava na situação descrita, pesquisar o site da universidade, que no caso da minha é extremamente esclarecedor para alunos estrangeiros, e enviar um e-mail para a universidade de Poitiers. Esse e-mail se provou muito importante mais adiante, mesmo que a resposta tenha sido pouco esclarecedora naquele instante.

É importante esclarecer que o site da Secretaria de Relações Internacionais e Institucionais da UFRN apresentava um passo a passo com o qual eu já estava familiarizada quando entrei em contato com o serviço de relações internacionais da instituição francesa. Qualquer que seja a sua instituição, acho que esse é um bom ponto de partida para a sua programação.

Inicialmente, o responsável pelo serviço estava viajando, mas mesmo assim me respondeu dizendo que não seria nem um pouco complicado, e eu precisaria apenas cumprir com determinadas condições, entre elas, comprovar o meu nível B2 de francês. Eu lembro que na época fiquei louca, porque apesar de ter concluído dois cursos de francês, um na Aliança e outro no Senac aqui de Natal, ainda não fiz o DELF nem o DALF, e de fato, pretendia procurar obter essa certificação quando voltasse do meu intercâmbio. Telefonei para a Aliança, a instituição responsável pela realização do teste, e eles tinham acabado de realizar a sessão de novembro, e só realizariam novamente em junho. Imaginem meu pânico! O ano acadêmico começaria novamente em setembro, e o único prazo que era reiteradamente repetido em todos os lugares em que olhava da UE (Université de Poitiers, tá gente?) lembravam que o único prazo que realmente tinha de ser obedecido era o da demanda de acomodação, que eu precisava preencher porque queria ficar em uma residência universitária, por questões econômicas.

Após o retorno do responsável à universidade, recebi um novo e-mail me certificando de que o procedimento era bem simples: bastava que eles recebessem um e-mail de nomeação da minha universidade, por meio do qual a mobiliade seria oficialmente declarada. Após isso, o SRI francês me contactaria para resolver todos os outros procedimentos. O certificado de atestação de nível de língua, na realidade, não era exigido pela Université de Poitiers (confuso, mas aliviante).

Tentei seguir aquele passo-a-passo que coloquei ali em cima, então, mas a minha coordenação recomendou primeiro entrar em contato com a Secretaria de Relações Internacionais da UFRN. Era novembro, e eles prontamente disseram que não receberiam nenhum processo de mobilidade antes de fevereiro. Só me restava, então, aguardar, sabendo que o processo para o visto era trabalhoso e dependia de documentos que eu só receberia quando iniciasse o processo na minha universidade.

Bem, esse é o fim da primeira parte da saga! Logo, logo volto pra contar da maior parte dos preparativos, que começaram em fevereiro!

Obrigada pela sua atenção!

B.

Publicado por barbarademedeiros

Minha profissão é mentir sobre tudo bem o suficiente para que vocês acreditem.

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