As palavras nos aprisionam. As não ditas. As ditas. As direcionadas a nós mesmos, com tão pouca delicadeza que nem nosso pior inimigo poderia nos atingir tanto. Passo meus dias rodeada de palavras. Em livros jurídicos, em mensagens mandadas e recebidas pelo celular, no ar a minha volta, é tudo o que eu consigo verContinuar lendo “Aceito sugestões (qual palavra aprisiona você?)”
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Sonho impossível
Você nunca sabe se é a maldição de alguém O esboço de canto de página A figura de canto de olho que some perante olhares fixos Você nunca sabe se é a palavra que engasga gargantas alheias Sufocando confissões da meia-noite Porque oContinuar lendo “Sonho impossível”
Genética
Ontem foi o aniversário da minha bisavó. Ela fez noventa anos. Quase um século de histórias, de conhecimentos, de anedotas. Eu não conheço um quinto do que ela viveu. Duvido que alguém conheça metade. Eu fui uma criança muito estranha, isso não posso negar. Entre as coisas que me preocupavam, constava na lista oContinuar lendo “Genética”
Sunrise
E quando o relógio sinalizou doze horas, mil sinais de alarme soaram na minha cabeça. O impulso de sair correndo dominou-me, mas meus joelhos estavam fracos demais para me sustentar. Portanto, permaneci sentada, olhando nos seus olhos, ouvindo o que você tinha a dizer. Eram só ilusões, eu sabia. Fogos de artifício que só serviamContinuar lendo “Sunrise”
A Carta Amarela
Mais um conto encontrado na gaveta esquecida! Às seis horas da manhã, já todos acordavam. A pequena rua tornava-se barulhenta, com o vai-e-vem costumeiro de pessoas indo à feira. Era quarta-feira, afinal. Os legumes estavam fresquinhos. Na pequena casa de número 668, os portões já estavam sendo abertos por uma velha de nome Adelaide. EraContinuar lendo “A Carta Amarela”
Soneto de um amor platônico
Essa semana fiz uma limpeza nos papeis que guardava a muito tempo numa caixa no fundo do meu armário, e qual não foi a minha surpresa em encontrar textos há muito esquecidos e que mereciam serem postados aqui. Esse abaixo é o primeiro que achei que valia a pena postar, um soneto para alguém por quemContinuar lendo “Soneto de um amor platônico”