O que eu quero é liberdade. Mas não essa coisa comercial e pré-pronta que você me apresenta, dia após dia, de mão beijada. Eu quero liberdade. A verdadeira. Aquela que Mandela quis antes de mim. Aquela que foi tirada de Galilei. Aquela que Lispector não sabia descrever.
Porque é tudo muito simples, é tudo muito fácil. Você chega, faz cafuné, e em dois segundos o que era presente vira passado e eu não sei mais onde nós estamos. Não sei se já estávamos aqui e eu apenas ignorei. Obviamente, essa é a opção mais óbvia.
Mas ao mesmo tempo, estou assustada. E não sei se meu medo é reflexo da nossa relação (se a culpa é sua) ou se é normal (se a culpa não é de ninguém), porque ambos sabemos que eu não tenho culpa em nada.
A escolha não foi minha mesmo.