QUEM NOS ESPERA LÁ FORA – PARTE 1

“É matemática simples, por favor não me faça questionar o seu PhD” ela me disse, revirando os olhos. Seu cabelo acobreado, preso em um coque mal-feito, escapava em mechas que caiam sobre suas feições morenas. Ela não parecia perceber, ou se percebia, com certeza não se importava. Seus dedos corriam ligeiros por sobre o tecladoContinuar lendo “QUEM NOS ESPERA LÁ FORA – PARTE 1”

Minha carta de desculpas (e de despedida)

Àqueles cuja inocência escapou… Perdão. Perdão por não ter podido estar presente quando eles te alcançaram, com as mãos gélidas, e roubaram-te do mais confortável dos berços. Perdoem-me por ter virado a cara quando vocês gritaram, pedindo ajuda. Meu fraco coração não conseguiria aguentar. Perdão por ter dito onde vocês estavam. Vocês podem não entenderContinuar lendo “Minha carta de desculpas (e de despedida)”

Aqui, nessa mesa de bar…

Se eu andar sempre na contramão Talvez, uma hora, não haja mais chão Pra eu andar. E não seria maravilhoso? Caminhar totalmente sozinho? Sem falsos compreensivos a me importunar? Queira Deus, e Hades e Krishna, que esse dia chegue antes que meus olhos fechem e meu coração, se canse de cantar Porque, veja bem, minhaContinuar lendo “Aqui, nessa mesa de bar…”

Você é meu único medo

– Do que você tem medo? – Ele perguntou, e eu me vi sem palavras por alguns minutos. O que responder? Como não parecer dona de uma coragem que eu, honestamente, não tinha? – Não sei. – Acabei respondendo, pra me ver livre desse debate que já ocorria constantemente na minha mente. – Como vocêContinuar lendo “Você é meu único medo”

Minha carta de despedida

Eu espero que você nunca se sinta assim. Eu espero que seus cabelos cresçam e você desconheça a compulsão de prendê-los porque alguém acha que eles ocultam seu rosto. Eu espero que você receba um sorriso da face que te olha no espelho sem que os olhos daquela menina te assustem. Eu espero que vocêContinuar lendo “Minha carta de despedida”

Sunrise

E quando o relógio sinalizou doze horas, mil sinais de alarme soaram na minha cabeça. O impulso de sair correndo dominou-me, mas meus joelhos estavam fracos demais para me sustentar. Portanto, permaneci sentada, olhando nos seus olhos, ouvindo o que você tinha a dizer. Eram só ilusões, eu sabia. Fogos de artifício que só serviamContinuar lendo “Sunrise”

A Carta Amarela

Mais um conto encontrado na gaveta esquecida! Às seis horas da manhã, já todos acordavam. A pequena rua tornava-se barulhenta, com o vai-e-vem costumeiro de pessoas indo à feira. Era quarta-feira, afinal. Os legumes estavam fresquinhos. Na pequena casa de número 668, os portões já estavam sendo abertos por uma velha de nome Adelaide. EraContinuar lendo “A Carta Amarela”

Wave

Ainda da sessão “redescoberta de antigos textos”, segue um pequeno conto que escrevi para o CALL, curso que frequentava na época. Maria, Volto a escrever-te com uma pena de saudade na mão, molhada no etéreo tinteiro de lembranças. Escutava aquela velha música “Wave”, que tanto marcou o nosso namoro. Na época, eu, um jovem adolescenteContinuar lendo “Wave”